Publicado por Rafael Patrocínio
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Ressonância com tendinopatia, ruptura parcial do supraespinhal e tendinite calcárea. Qual o tratamento? Tem cura? É grave?

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Tem cura!

Não é grave, mas demonstra uma inflamação exuberante na ressonância. O mais importante é a avaliação do paciente e não o resultado do exame! Às vezes o paciente chega na consulta assustado com as informações do laudo, mas no fundo, aquele monte de informação se traduz em apenas uma coisa: INFLAMAÇÃO!

As rupturas tendinosas podem ser de origem degenerativa ou traumática. Rupturas parciais podem ser dolorosas devido ao processo inflamatório causado; e quando comprometem mais de 50% da espessura do tendão ou não apresentam melhora com o tratamento medicamentoso e fisioterápico, a cirurgia está indicada.

Tendinopatia é um termo genérico que engloba as "doenças" do tendão. Pode ser uma tendinite (inflamação) ou uma metaplasia por depósito de cálcio no tendão (tendinite calcárea). Esses casos respondem bem ao tratamento conservador com fisioterapia e antiinflamatórios.

Nas rupturas completas, crônicas, em que há retração tendinosa, os músculos do manguito rotador (e não o deltóide) vão sendo substituídos por gordura. Quanto mais gordura, pior a qualidade do reparo cirúrgico e maior a chance de falha.

Na presença de uma ruptura completa dos tendões, dolorosa, que compromete a qualidade de vida do paciente, a cirurgia precoce ainda é a melhor opção.

A literatura mostra que os melhores resutados funcionais no pós-operatório são de pacientes que foram operados cedo no decorrer da doença, quando a lesão ainda era pequena, com pouca retração e com quase nenhuma infiltração gordurosa.

Autor

Dr Rafael Patrocínio de Paula Costa

Dr Rafael Patrocínio de Paula Costa

Ortopedista e Traumatologista

Especialização em Cirurgia E Artroscopia do Ombro no(a) Hospital Ortopedico Bh.